Tempo Mágico

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Nao tolero gabolices.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.

Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.

Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio...Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.

O essencial faz a vida valer a pena.

(Rubem Alves)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Enjoy the silence II

Encostei a minha cabeça em seu ombro. A parca luz que entrava pela janela refletia em seus olhos a minha imagem. Me vi feliz e frágil. Em seus olhos vi a minha própria fantasia. Um estranho calor percorreu o meu corpo, como o prenúncio de uma revelação. Poderia ser amor a estranha calma que me invadia? Fechei os olhos e por alguns segundos fiquei ali, absorvendo-o, sentindo a sua mão deslizar pelos meus cabelos. Nenhum som, palavras completamente desnecessárias. A nossa respiração compassada, interrompida somente por um eventual suspiro. Calor passando de um corpo para o outro. Paz. Tudo de um branco imenso de paz. O quarto branco, os lençóis brancos, um céu branco, um mundo todo branco. E no meio de toda aquela paz branca, um dragão, um menino e uma história inacabada.