Tempo Mágico

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Nao tolero gabolices.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.

Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.

Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio...Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.

O essencial faz a vida valer a pena.

(Rubem Alves)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Sua atitude determina sua altitude

Sua atitude determina sua altitude “Os sonhos determinam o que você quer. A ação determina o que você conquista”. Anônimo
Você costuma pensar nas coisas que você tem feito na vida e pela vida? Costuma parar para saber se o caminho que você está trilhando é o que gostaria de seguir? Costuma se perguntar se a sua atitude de hoje está te levando para mais próximo do ponto de chegada? Percebo, ao longo de minha vida, o quanto é surpreendente e fácil ser pego pela ilusão das nossas atividades, da nossa pressa, da correria do cotidiano, das tarefas inadiáveis, intolerância, arrogância, prepotência, exigência, impaciência, trabalho árduo de cada dia para subir a escada do TER mais sucesso, dinheiro, patrimônio, riqueza, e por aí vai. “O que existe atrás de nós e o que existe à nossa frente são problemas menores, se comparado com o que existe dentro de nós.” Oliver W. Holmes Não vejo nada de errado nisso desde que, é claro, você aja com consciência, competência, benevolência, sabedoria, etc. O que assusta é a gente descobrir que passamos boa parte de nossas vidas se preocupando com o TER, sem dar a devida importância ao SER. Recentemente, ao terminar um seminário, fui procurado por um jovem de uns trinta anos. Em poucos minutos ele me contou sobre a sua trajetória profissional. Ele me disse que antes dos vinte anos de idade abriu uma empresa e que de lá para cá ela não parou de crescer. O jovem me relatou que quando tiver concluído a obra de uma filial as coisas ficarão melhores ainda. Disse-me também que se tivesse um sócio ou executivo bem preparado para ajudá-lo estaria lucrando mais. E, finalmente, ressaltou que se tivesse mais dinheiro o seu negócio certamente seria mais próspero. Fiquei pensando nas várias investidas que aquele rapaz empreendedor me contou. Pude perceber que quase tudo que ele me disse referia-se a TER e muito pouco a SER. A partir daí, comecei a ficar mais atento com as pessoas que conversam comigo sobre vida, negócios, família, lazer etc. Uma pessoa no velório do amigo muito rico pergunta ao colega ao seu lado: “quanto ele deixou?” Ao que o outro respondeu: “ele deixou tudo”. A conclusão que chego é que as pessoas passam boa parte da vida em busca do TER, algo do tipo: Se eu tivesse mais tempo...; Se eu tivesse mais dinheiro...; Se eu tivesse um carro...; Se eu tivesse uma casa nova...; Se eu tivesse um verdadeiro amigo...; Se eu tivesse uma formação melhor...; Se eu tivesse um chefe mais companheiro...; Se eu tivesse uma nova oportunidade...; Se eu tivesse como tirar férias... etc. “O que se leva desta vida é a vida que se leva”É impressionante como esquecemos da importância do SER para TER o que queremos. Imagine se ao invés de ficar lamentando a falta do TER a pessoa adotasse uma postura proativa em prol do SER. Daí, tomando por base os exemplos acima evidenciados, ela poderia mudar a estrutura de seu pensamento, passando a refletir de acordo com as novas formulações a seguir: Se eu for mais organizado com relação ao tempo que disponho... Se eu for mais estudioso poderei no futuro conseguir uma colocação melhor; Se eu for morar mais próximo do meu trabalho talvez não precise de carro; Se eu for mais cuidadoso com meus gastos pessoais talvez consiga trocar a minha casa atual por uma nova; Se eu for mais atencioso com as minhas amizades... Se eu for mais dedicado e disciplinado nos estudos... Se eu for mais compreensivo, tolerante e proativo talvez possa melhorar o relacionamento com o meu chefe; Se eu for mais persistente, atencioso e participativo talvez surja uma nova oportunidade; Se eu for menos centralizador e confiar mais nas pessoas talvez seja possível tirar uns dias de férias com a família. “Faça como o carpinteiro: meça duas vezes e corte uma.” Tenho testemunhado muitos exemplos de pessoas que passaram boa parte da vida buscando o TER sem se darem conta de que, muitas vezes, o SER é o caminho mais curto e seguro para se TER o que deseja. Sair por ai como um trator de esteira abrindo caminho na marra, sem planejamento, cuidados adequados, respeito ao próximo causando mágoas e ressentimentos pode ser igual ao carpinteiro que sobrecarregado com seus apetrechos de trabalho sua a camisa para alcançar o último degrau de uma enorme escada só para constatar que a apoiou na parede errada. Será que não seríamos pessoas melhores e mais felizes se nos preocupássemos mais com o SER do que com o TER? Pense nisso, um ótimo dia e até a próxima.